Por Sérgio Gomez
Especialista Sênior em Olivicultura e Diretor Técnico da Argentina, Uruguai e Brasil
No Uruguai existem dois tipos de Olivicultura, o primeiro que nasceu em 2002 e o presente, 2020.
Embora a mudança tenha sido gradual ao longo dos anos, não há evidências oportunas de quebra. Eventos foram dados ao longo dos anos, pois tanto profissionais, pesquisadores, produtores de prestadores de serviços e insumos estão evoluindo e amadurecendo em termos de cultivo para adaptá-lo às nossas condições climáticas e a troca de conhecimentos diferentes entre os países que originaram a investigação até agora.
Podemos diferenciar entre os seguintes itens:
Direção técnica, escolha do tipo de solo, projeto de plantio, variedades, manejo, formação de plantas, poda, colheita mecanizada, destinos do azeite de oliva.
Muitos dos que plantaram na primeira etapa, corriam todos os riscos de produção e gestão. Sendo o Uruguai um país nascente na oliveira, os produtores pagaram pelos erros e falta de experiência no desdobramento da azeitona. Aqueles que estão engajados na produção de diferentes culturas sabem que é assim, que o novo deve passar por um processo de ajuste.
Alguns produtores já tinham campo e decidiram plantar a oliveira e outros (o mínimo) procuraram um campo para cultivo com as condições reais de solo e topografia exigidas pela planta, razão pela qual hoje podemos mostrar alguns campos que estão em bom solo, mas também, mal ou bem projetados, plantados e com grandes perdas iniciais de plantas por excesso de umidade. Muitos sem acesso para realizar as tarefas de manutenção, colheita das frutas, ou mal manipulado tecnicamente. Em muitos desses campos não havia sido contemplado como a árvore se formaria, muito menos como seria a colheita.
Poucos buscaram um projeto totalmente produtivo, alguns foram para um projeto mais paisagístico, ou ainda, em áreas com valor imobiliário onde as plantações foram feitas pensando em agregar valor ao campo à venda.
Hoje estes sofrem porque querem se tornar produtivos, quando só foram plantados para paisagem e para a venda do campo.
Neste último, os custos operacionais de manutenção e produção são geralmente mais elevados, uma vez que os padrões de trabalho são mais elevados.
Foto: Sérgio Gomez – Olival no Uruguai
Cortar o pasto em curva de nível ou cortar o pasto em compasso definido
O custo desta tarefa é diferente ao roçar o entorno, mais demorado e, portanto, o custo é mais alto. Essa tarefa é um exemplo realizado em cada campo, que pode ser realizado pelo menos 2-3 vezes por ano. Levando em conta todas as tarefas com a oliveira, como ser Herbicidas, Foliares, Fertilizantes do Solo, Verão e Inverno Podas, Colheita, Picador de Galho, vários controles etc., ou seja, são pelo menos 16 passos, multiplicados pelo resto da vida do oliveira.
Como em qualquer país emergente em uma nova safra, muitas variedades foram trazidas e com o tempo os produtores estavam se tornando mais experientes em gerenciar.
Foto: Sérgio Gomez – Olival no Uruguai
Isso não exclui novas variedades que aparecem ou o manuseio adequado para o qual hoje foram tratadas iguais às demais.
Como mencionei anteriormente, sabia-se que as primeiras plantações, pagariam pelo erros cometidos, pois é uma nova cultura em nosso país e é uma das razões pelas quais hoje as plantações com mais de 7-8 anos não rendem o que deveriam, e é essa a maior preocupação.
É importante esclarecer que para o pomar produzir não é apenas necessário conscientizar os produtores de que eles devem ser orientados de forma adequada, analisando: solo, podas, prevenir com aplicações foliar, ter um plano nutricional e de saúde, colheita, entre outros.
Para chegar a um campo 100% produtivo, como primeiro passo, é preciso escolher um técnico ou grupo especializado no assunto (isso é extremamente importante já que pequenos erros são caros), escolher um bom solo, realizar um reparo de solo de acordo com a cultura (PH), projetar a plantação de acordo com as normas do solo e as necessidades de manejo, encontrar a variedade certa (ou pelo menos aquelas que estão produzindo bem).
Foto: Sérgio Gomez – Olival no Uruguai
Com plano de plantio adequado, a formação da árvore (presença de um mestre de poda, vitalmente importante para uma oliveira bem sucedida), ter um plano de manejo de longo prazo em termos de fertilizantes e foliares. Também é importante mecanizar algumas tarefas como: capina, limpeza, herbicida, solo e foliares, e a logística adequada na colheita. Se pelo menos um deles falhar, nunca nos concretizamos.
“Já com experiência de anos anteriores, escolha de solo, design, manejo, colheitas e poda, podemos mostrar que para as novas plantações levaram em conta melhores critérios. Os campos assumem a forma que deveriam e querem, embora o tempo inclemente e que não podemos lidar com ele. Nós fazemos bem a partir do que se pode gerenciar, que são os custos de produção, a cada dia melhorando os padrões de trabalho e diferenciando-os nos diferentes lotes, variedades e campos.” (Sergio Gomez)
A adaptação no Uruguai tem suas complicações e sabemos disso desde o início. O fato de haver campos onde foi alcançado que um volume muito importante da plantação está no estado que está nos confirmando muito positivamente que o que estamos fazendo é bem direcionado. No entanto, há muitos a serem melhorados.
O resumo é positivo e muito mais positivo do que o medo que você sempre tem. Estamos cientes de que a gestão da olivicultura uruguaia não será geral, mas específica para alguns campos e que há coisas que funcionarão muito bem e outras que pelas idiossincrasias da propriedade não cederão na chave.
Tomando a experiência das primeiras plantações, hoje elas se tornam plantações mais ordenadas, com poucas variedades e orientadas para a produtividade. Muitas das novas plantações a partir de 2010 têm uma grande vantagem porque o início do design, escolha de variedades, é voltado tanto para o treinamento quanto para a nutrição, é claro, aos poucos começam a ser vislumbrados já que hoje você tem 8-9 anos, você terá que esperar alguns anos até chegar à produção completa.
Foto: Sérgio Gomez – Olival no Uruguai
Trabalhamos sabendo que devemos buscar qualidade, mas ao mesmo tempo cuidando dos custos e é nosso grande desafio, manter nossa qualidade já comprovada, mas melhorando os quilos através da eficiência, menor custo de insumos e, sobretudo, maior produção.
“Nós da equipe OLIVO NOBLE SERVICES SRL (ONOSER) continuaremos a procurar alternativas diferentes para alcançar a maior quantidade e qualidade com o menor custo possível, uma vez que vemos como ano a ano as plantas evoluem de acordo com o esperado, exceto as diferenças de crescimento típicas de cada variedade ou ano de plantio.”
Devemos continuar trabalhando ativamente e aplicar as recomendações técnicas dos especialistas, só assim conseguimos uma boa evolução das plantações.