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Queijo Artesanal Serrano: Qualidade tradicional

Por Augustho Soares

Para se ter a degustação de um bom azeite, também é necessário que tenhamos produtos de qualidade para a harmonização. Nessas horas, o queijo pode ser uma escolha certeira para diferentes tipos de azeite.

Porém, é importante que o consumidor esteja sempre atento à qualidade e à procedência do produto, e este é o diferencial do queijo artesanal serrano, o primeiro brasileiro a obter uma Indicação Geográfica (IG), na modalidade Denominação de Origem (DO).

Foto: Alexander Liz

A IG ‘Campos de Cima da Serra’ foi concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), e representa reconhecimento das especificidades da região e a valorização e proteção do produto.

Ela foi concedida em nome da Federação das Associações de Produtores de Queijo Artesanal Serrano dos Campos de Cima da Serra do RS e SC (Faproqas), entidade que passa a utilizar um selo escolhido pelos produtores e aprovado pelos órgãos de controle.

Selo da IG Campos de Cima da Serra

O produtor Alexander Ribeiro de Liz é presidente da Associação dos Produtores de Queijo e Derivados de Leite dos Campos de Cima da Serra (Aprocampos), entidade com mais de 60 associados ativos. Para ele, o IG veio para valorizar os mais de 2 mil produtores da região, que engloba 16 municípios gaúchos e 18 municípios catarinenses.

Foto: Alexander Liz

Segundo Alexander, existem produtores que não pertencem a essa região, mas que usam o nome do queijo artesanal serrano, e de sua qualidade adquirida historicamente, para beneficiar seus produtos. Porém, com a conquista do selo, este problema deve ser amenizado. “O pessoal produz queijo em qualquer lado, e pra ganhar preço ou mercado, diz que é queijo serrano, então a IG vem para acabar com isso. Você pode produzir os tipos de queijo que quiser, mas o queijo serrano original e legítimo, só quem pode utilizar esse selo de indicação geográfica são os produtores dessa região, que se enquadram em outros critérios”, afirma.

O produtor ainda destaca que, além dessa questão geográfica, o queijo Serrano se diferencia dos demais pelas seguintes características:

1) Ser feito primeiramente com leite cru e não pasteurizado;

2)Ser produzido com leite de gado de corte não é gado leiteiro;

3) Ser feito com leite de gado alimentado exclusivamente com pastagem nativa;

4) Ser produzido no mesmo dia que o leite é ordenhado;

5) Ser feito somente com 3 ingredientes: leite, coalho e sal.

Vale ressaltar que a conquista do selo somente foi possível graças aos esforços dos produtores de queijo, além da assistência técnica direta de extensionistas da Emater/RS-Ascar e da Epagri/SC, que se dedicaram a este trabalho por quase 20 anos, contando com o apoio da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), prefeituras, câmaras de vereadores, médicos veterinários dos Serviços de Inspeção Municipal, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e universidades (Udesc, Ufrgs e Uergs).

Histórico do Queijo Serrano

Conforme informações da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, o queijo artesanal serrano é produzido desde o povoamento dessa região pelos açorianos que subiram de Laguna (SC), pelos que vieram de Santo Antônio da Patrulha e por alguns tropeiros que por ali se estabeleceram, também de origem lusitana.

O gado que ali fora deixado pelos padres jesuítas, foi amansado e começou a ser ordenhado para a confecção do queijo. Este saber-fazer trazido pelos povoadores que formaram as primeiras fazendas, cruzou séculos e a receita foi transmitida através das gerações, chegando aos atuais produtores, que têm grande orgulho em manter a tradição e a cultura.

Foto: Alexander Liz

Queijo Artesanal Serrano é elaborado a base de leite cru e com receita centenária. O queijo serrano Chácara dos Padres possui a verdadeira essência dos Campos de Cima da Serra, Rio Grande do Sul.

Hoje se estima que cerca de três mil produtores ainda elaboram estes queijos, embora nem todos estejam inseridos no mercado ou produzam apenas para consumo da família.

Municípios abrangidos pela Indicação Geográfica (IG)

RS: André da Rocha, Bom Jesus, Cambará do Sul, Campestre da Serra, Capão Bonito do Sul, Caxias do Sul, Esmeralda, Ipê, Jaquirana, Lagoa Vermelha, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões, Pinhal da Serra, São Francisco de Paula, São José dos Ausentes, Vacaria.

SC: Anita Garibaldi, Bocaina do Sul, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Campo Belo do Sul, Capão Alto, Correa Pinto, Lages, Otacílio Costa, Painel, Palmeira, Ponte Alta, Rio Rufino, São Joaquim, São José do Cerrito, Serro Negro, Urubici, Urupema.

Combinando azeites com os diferentes tipos de queijos

Arbequina

Com aroma frutado e sabor delicado, a variedade Arbequina possui sabor amendoado agradável, elegante, suave e tem boa persistência. Combina com queijos frescos como cream cheese, ricota, cottage, feta e minas frescal.

Arbosana

De sabor marcante e harmonioso de frutos secos e pimenta verde, este azeite combina com queijos frescos como cream cheese, ricota, cottage, feta e minas frescal e semi curados que são os queijos que passam por uma maturação de 30 dias, criando uma consistência mais firme.

Koroneiki

Variedade que proporciona aromas frutado verde e toques florais. Possui grande complexidade, na qual se percebem notas de especiarias, mel, frutas maduras e verdes. É um azeite equilibrado e intenso, notas ligeiramente amargas e picantes com persistência.

Ideal para dar harmonizar com queijos curados, de sabor marcante. O queijo curado é um queijo mais seco e mais firme, casca amarelada e de sabor levemente ácido. Seu processo de maturação fortalece a intensidade do seu sabor e melhora a sua conservação.

Onde comprar o Queijo Serrano?

Instagram @queijoserrano

ou WhatsApp +55 54 98447-2568 ( Alexander Ribeiro de Liz )

Fonte sobre harmonização: Azeite Verde Louro

Fotos: Alexander Liz

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